Horizonte

Ao caminhar, perco o olhar em aresta.
Com tua memória que surge, insurgente.
O meu pensar, só se faz indecente.
Com a fantasia de ter-te em festa.

O teu bailar, em meu corpo, me testa.
E a nossa dança, se faz ofegante.
Vejo o prazer estampado em semblante.
A flor em gozo... expansão em floresta.

O sonho acaba e a vigília me resta.
Lembrança em brasa, apagada em desmonte.
Com a esperança a buscar no Horizonte.
Sepulto a dor que machuca e infesta.